Versys Tourer: Conforto e versatilidade.
Leandro Lodo
A Kawasaki Versys Tourer é a mais
completa das três versões disponíveis da consagrada Big Trail Versys.
Como o próprio nome diz, o modelo possui apelo touring, que logo é
reconhecido pelos protetores de mãos, seu alto para-brisas e
principalmente pelas avantajadas malas laterais.
Apesar do nome e dos acessórios de
fábrica, será que a Kawasaki Versys Tourer realmente foi desenvolvida
para as estradas? Para testar o seu caráter aventureiro, percorremos
mais de 500 quilômetros entre rodovias, trechos sinuosos e em diferentes
tipos de terreno. Confira abaixo como ela se saiu.
Duas em uma
Poucos motociclistas tem o privilégio de
ter duas motocicletas com propostas diferentes na garagem de casa, uma
para o dia-a-dia e outra para os momentos mais agradáveis de todo
motociclista aventureiro, as viagens.
Nesse cenário, a Kawasaki Versys
Tourer “cabe como uma luva”, pois ela reúne atributos essenciais de uma
verdadeira touring, com todo conforto
de uma moto para o uso urbano. Além disso, as malas laterais são
removíveis e os acessórios como os protetores de mão e o alto
para-brisas proporcionam ainda mais conforto para dia-a-dia. Para o uso
urbano, é essencial que as malas laterais sejam removidas ou podem ficar
pelo caminho entre os carros.
No asfalto
Com certeza as grandes rodovias são os
lugares perfeitos para a Kawasaki Versys Tourer, sua ciclística acertada
garante grandes emoções, possibilitando uma tocada mais esportiva.
Apenas na versão ABS (a partir de 2012), seu conjunto de freios composto
por disco duplo de 300 mm na dianteira e simples de 220 mm na traseira
são bastante eficientes.
Já conhecido, seu motor de exatos 649 cc é capaz de gerar 64 cv de potência
máxima, uma ótima medida tanto para a cidade quanto para grandes
viagens. Seu torque máximo de 6,2 kgm.f a 6.800 rpm proporciona boas
respostas em baixa e médias rotações e grande conforto em velocidade de
cruzeiro (120 km/h).
Suas espaçosas malas laterais com
linhas arredondadas possuem um visual moderno, assim como a Kawasaki
Versys, que se destaca por itens como a ponteira de escapamento abaixo
do chassis, a lanterna traseira em led e a mola do amortecedor traseiro exposta.
Em conjunto, a suspensão dianteira com
bengalas invertidas (curso de 150 mm) e a suspensão traseira (curso de
145 mm) com retorno ajustável em 13 níveis e pré-carga da mola ajustável
em 7 níveis copiam bem as imperfeições do asfalto. Apesar da
possibilidade de ajuste de retorno e pré-carga da suspensão traseira,
estas somente são alterados com auxílio de chave que acompanha o modelo.
Na Terra
Equipadas com rodas de liga-leve de 17
polegadas calçadas com pneus Street, sem dúvida o ambiente Off-Road não é
o lugar ideal para nenhuma das motocicletas da linha Versys. Basta
entrarmos na terra para facilmente sentirmos a traseira “dançar” ou a
frente sair e se tiver enlameado, o ambiente fica ainda pior.
Caso seja necessário encarar essa
aventura, opte por caminhos menos acidentados e dê preferência aos
trechos de terra batida, estes são mais fáceis de ser superados. Em
terrenos de terra com descida, utilize sempre o freio motor e evite
realizar frenagens bruscas, principalmente com o freio dianteiro.
Sua autonomia também condiz com seu apelo
Touring, com um tanque de 19 L e uma média de 19 Km/L é possível rodar
cerca de 360 Km, o que evita que tenhamos que realizar muitas paradas
para reabastecer.
Desfecho
A Kawasaki Versys Tourer se destaca por
ser uma motocicleta confortável e extremamente versátil. Seu uso não se
limita as viagens de fim de semana, pois a possibilidade de remoção da
malas laterais fazem dessa big trail uma moto também para o dia-a-dia.
Apesar disso, a Versys não é para toda ocasião, já que seus pneus street
não combinam com o ambiente off-road.
Entretanto, a versão Tourer da Kawasaki
Versys tem o DNA aventureiro, seus acessórios de fábrica como malas
laterais, protetores de mão e seu alto para-brisas são bons atrativos
para aqueles motociclistas que curtem viagens sobre duas rodas. Além
disso, os R$ 2.500 a mais que a Versys, também na versão ABS, justifica a
presença dos acessórios.
O jornalista usou no teste, jaqueta Race Tech e calça e botas HLX Racing (www.hlxracing.com.br)
Ficha Técnica
Motor: DOHC, 649 cm³, dois cilindros paralelos, refrigeração líquida
Potência máxima: 64 cv a 8.000 rpm.
Torque máximo: 6,2 kgf.m a 6.800 rpm.
Transmissão: Câmbio de seis velocidades com transmissão final por corrente.
Suspensão: Garfo telescópico invertido de 41 mm de diâmetro ajustável e 150 mm de curso na dianteira; balança traseira monoamortecida regulável na précarga e retorno com 145 mm de curso na traseira.
Freios: Disco duplo de 300 mm de diâmetro em forma de pétala com pinça de dois pistões (dianteiro); Disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de um pistão (traseiro).
Rodas e pneus: 120/70-ZR 17 na dianteira e 160/60-ZR 17 na traseira.
Dimensões: 2.125 mm de comprimento, 840 mm de largura e 1.330 mm de altura. Entre-eixos 1.415 mm, 180 mm de altura do solo e 845 mm de altura do assento para o solo.
Tanque: 19 litros
Cor: Metallic Spark Black
Peso: 209 kg (sem acessórios)
Preço: R$ 33.490 (ABS)
Fonte:http://www.moto.com.br
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