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sábado, 20 de julho de 2013

Dicas de Segurança
Especialistas apontam precauções para realizar viagens mais seguras. Além de cuidados mecânicos, motociclista deve ter experiência.
Como a motocicleta deixa o usuário mais vulnerável, segue uma série de cuidados para aqueles que vão viajar. Como as velocidades nas rodovias costumam ser superiores às do perímetro urbano, não é recomendado a quem não tem muita experiência pegar a estrada em épocas de fluxos maiores, como nas festas de fim de ano. “Para se andar de moto em uma autoestrada deve-se ter mais conhecimento, sua condução necessita de mais atenção que a de um carro”, explica André Horta, analista de segurança viária do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi).


ANTES DE PEGAR ESTRADA
- Concentração
Devido à menor proteção que uma moto traz, é necessária extrema concentração para conduzi-la. “Evite pilotar se sentir cansaço, sonolência ou estiver sob efeito de medicamentos que possam causar algum efeito colateral”, explica Renato Matsuda, instrutor de pilotagem do Centro Educacional de Trânsito Honda. Lembre-se de que a mínima desatenção pode resultar em uma queda. Obviamente, “não é recomendado sair para uma balada e beber antes de viajar”, acrescenta Horta, do Cesvi.
- Estudar o destino e condições de tempo
Para evitar imprevistos, é sempre bom traçar o roteiro da viagem, reunindo informações sobre as condições do pavimento, o clima e se existem postos para alimentação e abastecimento no caminho. “É necessário também que o motociclista faça uma parada a cada 90 minutos para movimentar os músculos. Isso ajuda a evitar os efeitos da fadiga e da ação do vento”, segundo Matsuda. O roteiro também deve estar ligado ao tipo de moto utilizada; uma esportiva pode ter problemas em trecho com lama, por exemplo.

- Cuidados mecânicos

Alguns itens básicos como pneus, nível de óleo do motor, nível de fluído de freios e nível da água do radiador podem ser checados pelo próprio usuário, seguindo instruções do manual do proprietário. “É recomendada uma inspeção visual prévia e , caso note alguma anomalia o ideal é levar a moto a um mecânico especializado, o que dará mais segurança para a sua viagem”, explica Edson Esteves, professor do curso de engenharia mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).
“Porém, se o veículo já não é novo ou seminovo, o ideal é levar diretamente ao especialista, para que faça uma verificação mais profunda”, acrescenta Esteves.
- Equipamentos de proteção
Além do tradicional capacete, que deve ter o prazo de validade sempre checado, outros equipamentos auxiliam a segurança do motociclista. “O capacete deve ser ajustado de maneira a não ficar frouxo e a viseira precisa estar limpa e sem riscos; deve-se andar com ela sempre fechada. Calças, jaquetas, luvas e botas também são indicadas”, explica Matsuda.
Apesar de a legislação brasileira só prever o uso obrigatório de capacetes, itens especiais para a proteção são vendidos em lojas para motociclistas. A capinha de chuva também é sempre bem-vinda. Roupas de cores mais vibrantes fazem o motociclista ser visto mais facilmente na estrada, ajudando a previnir acidentes.
- Linha de pipa
Com a chegada das férias escolares, é possível notar o aumento de pipas nos céus e muitas com linhas de cerol. “Existem acessórios como as antenas de proteção, além de vestimentas que procuram anular o efeito da linha de pipa”, explica Horta.
Estas antenas são encontradas em lojas especializadas e custam de R$ 20 a R$ 70. Já os protetores de pescoço partem de R$ 50.

- Ajeitando a bagagem
Pode-se levar a bagagem da viagem em mochilas, fixadas no bagageiro ou dentro de malas específicas, presentes em algumas motocicletas. O ideal é não exagerar no peso – checar manual do proprietário sobre a carga máxima – e deixar os objetos bem fixos. É recomendado embalar o conteúdo da bagagem com sacos plásticos, para evitar que molhem com a chuva. O mesmo deve ser feito com documentos pessoais e os da motos.
- Calibragem e estado dos pneus
Se em um carro a calibragem dos pneus já é importante, na moto ela é ainda mais imprescindível. “A calibragem errada dos pneus pode significar a perda de aderência ao solo”, explica Horta.
Ela pode influir na estabilidade da moto e diminuir seu poder de frenagem. “Se o pneu estiver muito murcho, pode até escapar da roda”, alerta o especialista em segurança veicular. “Um pneu careca também pode causar acidentes”, acrescenta o especialista em segurança.
- Kit de 'sobrevivência'
Caso necessite fazer algum reparo básico ou ajuste, como esticar a corrente, é bom ter em mãos um kit de ferramentas, com uma providencial lanterna, e até algumas peças pequenas, como fusíveis. “É importante levar ferramentas, fita isolante e chaves, assim o próprio motociclista pode concertar a moto, se tiver um pouco de conhecimento”, explica Esteves. “Câmara de ar, lâmpada de farol e da lanterna traseira também podem ser úteis”, completa Matsuda.
 

NA ESTRADA
- Acostamento
Segundo a Polícia Militar, “o uso do acostamento é exclusivo para emergências, que podem ser do carro, do motorista ou de algum ocupante”. Também é permitido parar no acostamento para ajudar alguém. Mas parar nessa faixa sem necessidade, além de gerar multa, pode resultar em acidente.
Se houver motivo para usar o acostamento, o polícia aconselha o motociclista a ligar o pisca-alerta da moto. “Caso o acostamento seja a única solução, o ideal e parar e sair da moto, indo para fora da estrada”, orienta Horta.
- Chuva e neblina
Em condições de chuva, além da menor visibilidade, a aderência com o solo diminui e é possível ocorrer a aquaplanagem – momento no qual o pneu perde contato com o solo devido a camada de água.
“Em curvas, evite inclinar demasiadamente a moto e tome cuidado com as poças, pois podem esconder buracos e bueiros”, diz Matsuda. Caso a chuva esteja muito forte, o ideal é parar o veículo em local seguro; o mesmo vale para neblina forte.

Fonte:http://www.rockriders.com.br/Default.aspx?pagina_capa=Detalhe_dicas.aspx&tipo=17&id=2858

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